Por G1 PR


Bens de Maurício Fanini foram leiloados — Foto: Reprodução/RPC

O leilão de um imóvel e de um veículo de um dos acusados da Operação Quadro Negro, que apurou desvios de recursos que seriam destinados para a construção e reformas de escolas públicas no Paraná, arrecadou R$ 1,15 milhão. O processo foi realizado na segunda-feira (14), com autorização da Justiça.

Foram leiloados um apartamento localizado no bairro Cabral, em Curitiba, no valor de R$ 1,1 milhão, e um carro cotado por R$ 55,5 mil.

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), os bens foram entregues pelo próprio réu quando ele assinou o acordo de colaboração premiada e passou a colaborar com a Justiça sobre o caso. O acordo foi homologado pela justiça.

Operação

Em 2019, ele foi condenado por organização criminosa, corrupção passiva e vantagem indevida na execução de contrato de licitação. A pena foi de 65 anos de prisão, mas limitada a 25 anos pelo acordo de colaboração.

Conforme o MP-PR, o setor chefiado por Fanini produzia relatórios fraudulentos sobre as obras nas escolas estaduais investigadas. Nos documentos, o grupo informava que as obras estavam com o andamento adiantado, entretanto, em muitos casos, mal tinham saído do papel.

Com a fraude, a empresa responsável recebeu o valor pelos contratos - e de aditivos dos contratos - sem que as obras fossem feitas ou concluídas. O delator contou como funcionava o esquema de desvios, revelando nomes de políticos que, segundo ele, se beneficiaram do esquema.

O processo contra Mauricio Fanini tramita na 9ª Vara Criminal de Curitiba.

Leilões previstos

O MP-PR informou que outros bens do réu, entre eles um imóvel rural situado no município de Atalaia do Norte (AM) e outro veículo, ainda serão leiloados. A expectativa é que os leilões arrecadem ao estado do Paraná mais de R$ 5 milhões.

Esse valor, ainda conforme a promotoria, foi fixado no acordo de colaboração a título de reparação do dano causado pelo réu ao estado.

Até a publicação desta reportagem, a defesa de Maurício Fanini não havia se manifestado sobre o leilão.

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